domingo, 21 de março de 2010

Poseidon xD














Hoje fomos a Sounio. Como num habitual Domingo, pegamos na mochila às costas e lá fomos conhecer mais um pouco dos arredores de Atenas. Segundo os nossos 'guide books', Sounio é uma "cidade" muito bonita que alberga o ENORME Templo de Poseidon (o deus do mar, para aqueles que não conhecem a mitologia grega). Demoramos cerca de 2h a chegar à dita "cidade". Quando chegamos, deparamo-nos com uma minúscula e muito suja praia e as ruínas do (enorme) templo. Após 3h já sentiamos saudades de Atenas, devo confessar. A parte mais alucinante desta viagem foi quando decidimos fazer o pic-nic na pseudo-praia, completamente desprovida de qualquer alma humana, e a nós se juntou um sujeito. Até ali tudo muito bem. Eu, a Ângela, a Ozlem e a Kev (duas amigas turcas) e a Olga (da República Checa) disfrutavamos do nosso almoço pic-nic ao Sol, quando reparamos que o nosso companheiro de praia se despia... completamente!


Rita Vilaça

Pessoas


Pessoas... Pessoas grandes, pessoas pequenas, pessoas gordas, pessoas magras, pessoas loiras e morenas, altas e baixas. Pessoas, pessoas, pessoas! Aqui, do outro lado da Europa, dou por mim a filosofar sobre o carácter das diferentes pessoas com quem me cruzo. Em casa, nas aulas, nas festas e até nas ruas. Tudo isto começou devido a um bizarro acontecimento aqui no Mavro flat. Numa das nossas festas imensamente badaladas pela imprensa erásmica ateniense, o nosso chuveiro foi o principal lesado, sofrendo com as consequências do excesso de álcool no sangue de certas e determinadas pessoas. Passo a explicar: na manhã seguinte às ditas festas, além duma enorme dor de cabeça, há que lutar contra as garrafas partidas, o chão a colar, e o contra o cheiro a álcool e droga que se instala no nosso apartamento. Acontece que, numa das nossas fascinas matinais, fomos dar com a porta do chuveiro completamente arruinada. Visto que esta é feita de um plástico razoavelmente resistente, comecei a imaginar que tipo de actividades se tinham processado naquele (tão apertado) espaço. Conclusão: decidi limpar a fundo a base do dito chuveiro. Não satisfeita com este incidente, decidi investigar, qual Sherlock Holmes. Felizmente (ou infelizmente para algumas alminhas) a esta altura, toda a gente já se conhece, quanto mais não seja de vista. Fiquei a saber assim que, na noite da festa, foi vista uma tal francesa a sair da casa de banho com uma certa espécie-de-ex-namorado-eramus. As minhas suspeitas foram assim confirmadas. Tudo isto deu origem a um turbilhão de pensamentos na minha cabeça. Que tipo de pessoa é capaz de fazer uma coisa destas? Tudo bem que é uma festa, e as pessoas bebem e acabam por perder a noção das coisas, mas será que isso é desculpa? Será que as pessoas mudam assim tanto quando aqui estão? Será que se fosse no país de origem as criaturas tinham-se comportado da mesma forma? O que há com Erasmus que mexe tanto com as hormonas das pessoas? Não entendo... Claro que isto é uma experiência que tem como objectivo fazer cada um que nela embarca, maior e mais forte, mas será que muda a personalidade? Afinal que tipo de pessoas é que eu conheço aqui? Pessoas originais ou produtos pré-fabricados pela "Loucura Erasmus"? Acredito que a personalidade não é uma coisa estanque, um dogma que não pode ser questionado ou uma obra de arte que depois de concluída não deve ser refeita. Não. Acredito que a personalidade forma-se (ou deforma-se) ao longo da nossa vida. Mas será que, tal como plasticina, é completamente moldável às circunstâncias em que o sujeito se encontra? Será que quando saimos de Portugal, ou França ou seja qual for o país berço, vestimos uma capa e tornamo-nos outras pessoas?



Rita Vilaça

Vakukarályo by Kutlu and Joss

Flower Power in Mavro

sexta-feira, 5 de março de 2010

segunda-feira, 1 de março de 2010

Baptismo do blog!




É exactamente isso que estão a pensar... A Ângela já baptizou o nosso blog com o seu tão esperado GREG! Esperado pois esta criatura de Deus nunca tinha gregado antes por beber demais. Todo este triste acontecimento teve o patrocínio da minha pessoa que segurou no seu magnífico cabelo e na sua real testa para que esta não se afundasse na Mavro sanita, sempre tão limpa. Passo a contar toda a história: era uma simples Quarta-feira, noite da maluqueira bracarense, mas aqui, nesta cidade mitológica, o espírito Erasmus não tem dia, hora nem lugar. Por incrível que pareça, recebi um convite para uma festa de despedida de um polaco qualquer no meu próprio apartamento "It's our last party, party animals!!! Get Ur shit together and move Ur asses to Mavromateon 27 to get drunk with us for the last time!!!" of course I had to attend the party. Estava tudo muito bem até a Ângela decidir comprar Ouzo, uma bebida muito famosa e muito barata aqui na Grécia, e mistura-la com Coca Cola. Aquilo é deveras saboroso e consegues ficar bêbado num instante e sem dares por nada. Foi isso que aconteceu à nossa querida amiga. Após beber (apenas) 35 cl. da poção mágica, a sujeita ficou passada da cabeça. Desde ir para a varanda chamar todas as pessoas que passavam na rua para a festa, até meter-se com toda a gente que se encontrava no apartamento. Enquanto isso, eu estava de plantão no nosso quarto para evitar que certas pessoas abrissem o nosso frigorífico, fumassem lá dentro, pegassem nas nossas roupas e tirassem fotos, gregassem no nosso chão, dormissem na nossa cama de tão bêbadas ou desvirginassem o nosso leito. Enfim, coisas que acontecem nas festas semanais do Mavromateon flat. Após algumas horas desta festa animadíssima, a Ângela começou a sentir-se um pouco tonta e indisposta, decidindo assim chamar o "nine one one" que foi logo a correr de sirene em punho para tentar salvar a (pouca) dignidade que lhe restava. Levei-a até ao quarto do Laurent, uma vez que o nosso quarto é um dos mais concorridos nas ditas festas, e lá consegui convence-la de que se vomitasse iria sentir-se melhor e o enjoo passaria. Pronto... penso que agora os pormenores são dispensáveis. A Ângela conseguiu livrar-se de todo álcool que tinha no seu corpo, assim como se viu livre de parte da sua decência. Uma festa muito animada portanto. Animada pelo menos para ela que aterrou a dormir como um leitão cansado enquanto eu e toda a gente do apartamento e afins limpávamos o respectivo. De qualquer maneira, apenas a honra da Ângela foi abalada por este triste evento, os nossos fiéis seguidores podem continuar a ceder alguma credibilidade à informação do nosso blog, uma vez que eu mantenho todo o álcool que bebo dentro de mim (:


Rita Vilaça