quinta-feira, 3 de junho de 2010

Bandeira grega




Na Segunda-feira foi a despedida de Iana, uma eslovaca do nosso curso de grego com quem fomos a Santorini e que foi das pessoas mais adoráveis que conheci em Erasmus. Na semana passada foi a despedida da Anna, uma húngara 'amiga das festas' mas de quem também gostava muito. Gostava, sim. Porque, provavelmente, nunca mais verei estas pessoas na minha vida. Sábado há outra festa de despedida do Alex, um francês e de duas polacas, a Kamila e a Marta, com quem fomos a Meteora. Estes últimos não são propriamente pessoas com quem me dê muito (a não ser nas festas e nas viagens onde temos que suportar certas pessoas de quem nem gostamos assim tanto, mesmo que essas pessoas nos obriguem a esperar por elas desde as 6h da manhã até às 9h porque simplesmente decidiram sair na noite anterior à viagem marcada e adormeceram). Tanto eu como a Ângela compramos uma bandeira para que toda a gente que contribuiu para que esta experiência fosse única podesse assinar. Agora, com isto das despedidas, é complicado saber quando é que vai ser a última vez que vou estar com esta ou com aquela pessoa, por isso ando sempre com a bandeira atrás de mim. É muito estranho ver as pessoas irem embora, parece que levam consigo uma parte da minha vida (sim, porque ainda tenho o direito de dizer que Erasmus é a minha vida). Entre exames e viagens, estas despedidas vão-se tornando cada vez menos espaçadas temporalmente e cada vez mais intensas. Vai ser no mínimo doloroso ter que me despedir do pessoal aqui de casa (Aga, Bibiana, Tom e Anna) e das turcas (Kev e Ozlem). São essas as pessoas que vou guardar e que vão ocupar um espaço maior da minha bandeira (juntamente com a Ângela, que por muito que queira, não me larga). Anyway, hoje decidimos ir ver o templo de Zeus (sim, é uma vergonha ainda nao termos lá ido) e ao Estádio Olímpico (shame on you!), mas alguma coisa nos impediu... Sim, por incrível que pareça, foi uma GREVE! Já estava a achar estranho não haver nenhuma manifestação há quase duas semanas... Mas claro que o povo grego fez jus à sua reputação. Portanto decidimos ir beber um Frapé bem fresquinho numa esplanada não muito longe de casa e aproveitar o tempo que nos resta. Ah! No Sábado passado fomos a um festival de música jazz, onde uma cantora portuguesa (Jacinta de seu nome) fez sucesso entre o povo helénico. Como vim embora mais cedo juntamente com o Tom e a Anna, a Ângela ficou até mais tarde com a Bibiana e um tal espanhol. Quando estavam a alguns metros de casa, era por volta das 2h da manhã, tiveram companhia de um estranho homem que, ao que parece, gostava muito de as acompanhar até casa. Com medo, as meninas ligaram ao Paolo que foi ter com elas, qual mosqueteiro. Isto de facto não tem muita piada, visto que recentemente me tentaram assaltar no metro (ciganos são iguais em todo lado) e depois tentaram assaltar a Ângela também. Numa noite quando vinhamos embora tivemos também de apanhar um táxi a uns metros de casa pois, pensando que estavamos na África do Sul ou talvez na Índia, ficamos aterrorizadas quando reparamos que toda a gente (alguns homens com aspecto suspeito e algumas prostitutas) nos olhavam como uma criança olha para um doce. Apanhamos então um táxi, tentando não espetar nenhuma seringa no pé, e lá voltamos para casa (numa viagem um tanto ou quanto atribulada uma vez que o senhor taxista grego não sabia onde era Mavromateon e teve de fazer alguns telefonemas para descobrir, enquanto se ria de nós por não sabermos falar grego)! Enfim, resta-me encarar isto como uma andota! xD
Já na recta final, e com (quase) todos os trabalhos feitos, eu e a Ângela começamos as nossas viagens esta noite: 1º Thessaloniki, 2º Istambul, 3º Mykonos e 4º Creta. Fiquem atentos porque nos esperam muuuuuuuuuuitas fotos :D

Rita Vilaça

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